Memórias e Tempo Presente

Nesta página você terá acesso a textos memoráveis, relatando histórias incríveis do nosso Tricolor Mais Querido, como também fatos recentes do Santa Cruz e do futebol, abordados de diversas maneiras. Tudo isso feito pelo professor de História e Tricolor Apaixonado, Reginaldo Cabral.

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RESGATANDO A IDENTIDADE

    Ao analisar a conjuntura atual do Santa Cruz Futebol Clube, deparei-me com uma questão fulcral: a certeza de que o clube das multidões está passando por um período de reencontro de sua identidade, de sua ontologia. As manchetes sobre as magníficas presenças de público nos jogos do Santa, diga-se de passagem reconhecidas pela FIFA, quer seja no José do Rêgo Maciel, o “Mundão do Arruda”, Palco do futebol do nordeste, quer seja em outros estádios, dentro ou fora das fronteiras pernambucanas, demonstram claramente o retorno às raízes do clube. O que há de novo nesse fenômeno? Absolutamente nada!

   O time tricolor é singular. Desde sua formação foi simpatizado por um grande contingente de aficionados. Nas primeiras décadas do século XX, os meninos do Santa Cruz conseguiram ofuscar a passagem de Santos Dumont pelo Recife, pois o povão estava prestigiando a partida do esquadrão tricolor. Nesse mesmo período, quando o futebol ainda era um esporte apreciado pelas elites, o Santa Cruz conseguiu popularizá-lo, por isso foi apelidado de time da poeira, pois quando os meninos do Santa marcavam um tento (gol), a festa era grande e tamanha euforia levantava a poeira dos torcedores que ocupavam lugares menos nobres nos locais da partida.

      O Santa Cruz não é um time que possui uma torcida. É, antes de tudo, uma torcida que possui um time! Quem já ouviu notícias de que torcedores vão para o estádio ver a grama? Só os apaixonados Santacruzenses, que no período mais penoso da história do clube, quando amargava a 4ª divisão nacional, e estava inativo em suas práticas futebolísticas, foram ao arruda presenciar as reformas do gramado sobre calorosos aplausos.

       Esse momento midiático fantástico em que vive a torcida tricolor é o resgate ontológico da mesma. É um retrato embrionário da maior torcida do nordeste brasileiro. O torcedor do Santa Cruz não precisa de resultados para amar o clube, eles são secundários. O torcedor tricolor torce por uma camisa, que pode ganhar ou perder, mas eles (torcedores) estarão lá.

       Há times que possuem testemunhas, outros curiosos, mas torcida quem tem é o Santa Cruz Futebol Clube.


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POEMA SONHO

"LÁ VÃO ELES!
UMA ROMARIA ALEGRE E FESTIVA,

UMA CAMINHADA FIRME E OBJETIVA,

UM SONHO!

POR UM MOMENTO O MUNDO PARECE SE RESTRINGIR A UM SÓ SENTIMENTO,

O AMOR!

LÁ VÃO ELES!

COM SUAS ARMADURAS DE PANO,

COM SUAS PELÍCULAS DE ALGODÃO,

COM SEUS BRASÕES PULSANTES,
COM SUAS BANDEIRAS TREMULANTES,
TODOS FALANDO A MESMA LINGUAGEM, TODOS COM A MESMA ROUPAGEM,
TODOS COMUNGANDO DE UM MESMO PENSAMENTO,
TODOS COM UM MESMO SENTIMENTO,
TODOS PALPITANTES!

A CIDADE INICIALMENTE FICA FESTIVA,

EM SEGUIDA VAZIA.

PORÉM, DEPOIS RETORNA A EUFORIA.

DOS OLHOS DELES EMANAM LUZ E BRILHO.

ELES REFLETEM UMA ENERGIA QUE SÓ ELES PODEM EXPLICAR!

LÁ VÃO ELES!
MAS, QUEM SÃO ELES?

QUEM SÃO OS ROMEIROS DO AMOR?

SÃO REPRESENTANTES DE ALGUMA FÉ?

NÃO!

SÃO COMPONENTES DE ALGUM PARTIDO?

NÃO!

SÃO APENAS TRICOLORES!
UM POVO UNIDO POR UM IDEAL!

UM POVO HUMILDE POR NATUREZA!

UM POVO MOVIDO POR  UM ÚNICO SENTIMENTO:

O AMOR AO CLUBE!"


Reginaldo Cabral

2 comentários:

  1. "O Santa Cruz não é um time que possui uma torcida. É, antes de tudo, uma torcida que possui um time!" :~
    BOTOU PRA F, mago!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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